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quinta-feira, 5 de julho de 2012

Jay Nanda, do San Antonio Metal Music Examiner, conduziu recentemente uma entrevista com o ex-vocalista do HELLOWEEN e atual vocalista do UNISONIC, Michael Kiske. Alguns trechos da conversa seguem abaixo.
San Antonio Metal Music Examiner: Como tem sido para você voltar aos palcos novamente após quase duas décadas?
Kiske: No começo havia muita pressão. Eu não sabia se seria capaz de fazer isso ou como os fãs reagiriam. E nós começamos com um festival em frente de 30.000 pessoas! Claro, nós fizemos dois ou três shows de aquecimento, mas o primeiro show que fizemos pra valer foi no Sweden Rock. E tenho que dizer, foi realmente ótimo. O público foi excelente, e eu estava extasiado com o calor do público. Após o show, nós fizemos uma sessão de autógrafos, e as pessoas estavam numa enorme fila pelo caminho. Eles tinham todos os tipos de CD que eu fiz. Agora, me sinto muito confortável no palco. É como andar de bicicleta quando criança. Você volta após 20 anos, e nunca se esquece de como fazer isso.
San Antonio Metal Music Examiner: Qual é seu momento mais memorável junto ao HELLOWEEN?
Kiske: As primeiras turnês que fizemos. Keeper 1, Keeper 2. As pessoas devem achar que digo isso porque estou de volta com o Kai [Kai Hansen, ex HELLOWEEN e atualmente guitarrista do UNISONIC], mas isto é fato. Quando ele esteve na banda, a banda funcionava de verdade. Quando ele não estava mais, parou de funcionar, e virou um pesadelo, especialmente para mim. Houve uma coisa em especial, na França, numa pequena cidade na época do “Keeper 1”. Fazíamos muito sucesso na França, e fomos lá fazer um show. Mas o produtor que contratou o show não fez propaganda, então as pessoas não sabiam que estávamos lá. Tocamos para aproximadamente 80 pessoas. Mas foi o mais divertido que já tivemos. Foi mais como Monty Python (N. do T.: Programa de comédia britânico) do que um concerto.
San Antonio Metal Music Examiner: Sempre foi dito que você e o HELLOWEEN se separaram porque a mídia dizia que você odiava Heavy Metal.
Kiske: Isso é mentira.
San Antonio Metal Music Examiner: Na América (N. do T.: Estados Unidos), nós imaginávamos mais do que qualquer outro fã o que teria acontecido com você após o HELLOWEEN, por que faz muito tempo que vimos você ou a formação atual do HELLOWEEN tocando ao vivo neste país. Com UNISONIC, está claro que você não odeia metal ou hard rock. Você poderia explicar o que aconteceu após isso e porque você desapareceu por tantos anos?
Kiske: Não teve nada a ver com a música. Cresci com essa música. Havia muita raiva em mim com a cena metal, especialmente na Alemanha. Mas sempre amei meus álbuns do MAIDEN e JUDAS PRIEST. Vou ser honesto com você agora, OK? Michael Weikath (guitarrista do HELLOWEEN) era muito ciumento com o pessoal da banda. Ele estava trabalhando contra mim quando Kai deixou a banda, e fez isso pelas minhas costas. Ele estava tentando trazer o Andi Deris para a banda, e depois de um tempo, cansei disso. Eu disse depois para Roland Grapow (que substituiu Kai), “estou pensando em deixar a banda”. Os fãs ficaram desapontados. Eles (mídia) tentaram jogar que “Michael odeia metal”. Mas sempre amei o metal. Mas eu estava chateado, e ouvindo um monte de besteiras quando gravava. Se não soasse como HELLOWEEN, era o suficiente (para a crítica) destruir.

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